Uma mulher ganhou um filhote. Ela queria pegar o cachorro direto, mas a dona da mãe do cachorro insistiu que a mulher ficasse com a mãe do cachorrinho enquanto o mesmo estivesse em fase de crescimento. Ela não quis, mas de tanto a dona insistir, ela ficou.
O problema é que essa cachorrinha começou a sentir um afeto muito forte pela mulher do filhote, pois ela tratava essa cachorra com carinho, coisa que na outra casa ela não tinha. Sempre viam a cachorra como uma coisa em que você simplesmente deixasse preso do lado de fora. (Ela é um maltês, uma cachorra de raça - não uma vira-lata)
Daí, chegou o dia de deixar a cachorra em definitivo na casa da dona. Rapaz! A cachorra entrou num desespero, o suficiente pra calcular errado o seu movimento e bater a cabeça com tudo no chão. O peito dela subitamente inchou, deu ataque epilético, e toda vez que a mulher do filhote ameaçava em ficar longe dela, ela passava a tremer mais. Daí, quem passou a se desesperar foi a mulher do filhote pela vida da cachorra. Mas chorou, chorou e chorou. Pra não ver mais um querido cachorro morrer sem cuidados novamente em sua vida, foi
ao veterinário 24 hs e gastou o dinheiro que era pro aluguel.
A solução final? A cachorra teve que ficar na outra casa, na casa da dona do filhote dela. E, por causa disso, a mulher que era dona da cachorra acabou ficando sem a dita cuja.
Injustamente, ela acusou a mulher que queria o filhote de armar pra cima dela, de que a culpa era dela de fazer a cachorra perder o interesse nela. "Ela dá muita moleza! Que cachorro não gosta disso?!", esbravejava em sua casa.
A mulher do filhote ficou triste por ela. Afinal, ela queria que o cachorrinho crescesse ao lado da mãe. Mas a mulher do filhote tem culpa de, sem querer, ter feito a cachorra ter criado afeto por ela? A solução seria essa de amainar a frustração: culpar alguém pela sua tristeza, sendo que esse alguém não foi a causa proposital?
Ainda bem que, mesmo depois de muito fugir da mulher do filhote, a mulher da cachorra resolveu se conformar e deu a cachorra. Senão, era capaz da cachorrinha ter outro ataque!
Enfim, observei e escrevi.
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